quinta-feira, 28 de maio de 2009

Problemas no Speedy evidenciam o ruim cenário da banda larga no Brasil

Falta investimento em segurança para evitar ataques reincidentes em servidores DNS e outros sistemas; Anatel não tem previsão para aplicar metas de qualidade nas redes de banda larga; Telefônica ainda não apurou a causa real dos problemas ocorridos no começo desta semana; e consumidores ficam sem explicação plausível e com serviço aquém do contratado.

Mais um episódio de pane no serviço de internet em alta velocidade da Telefônica, Speedy, no começo desta semana (18 de maio), evidencia a falta de qualidade e padrão da banda larga brasileira, como relataram entrevistados pelo IP NEWS. A operadora (até o fechamento desta reportagem) só informa que não houve nova ocorrência de falha no serviço desde as 23h40 da segunda-feira em questão e diz estar apurando o motivo das paralisações. Já a Agência Reguladora (Anatel), continua sem planos reais para ampliar o plano Geral de Metas de Qualidade para os serviços de banda larga e os consumidores ficam sem explicações.

Esse já é o segundo episódio de pane no Speedy neste ano, sendo que o primeiro, no começo de abril, foi devido a ataques de hackers em servidores DNS (Domain Name System), como alegou a Telefônica. “Isso não é difícil de acontecer, inclusive com reincidência”, avalia Denis Prado, responsável pela divisão de segurança da 3Com no Brasil. “Esse sistema, em si, já é muito sensível a ataques de fraudadores e as operadoras brasileiras, no geral, não estão investindo para protegerem esse ativo”, complementa. Como medida inicial, ele sugere tecnologias de proteção em multicamadas, algo que é “pouco usual nas operadoras de telefonia fixa no Brasil”, na sua visão.

Questionada sobre os investimentos feitos em proteção de servidores DNS desde os episódios no mês passado, a Telefônica não se manifestou.

Já a Anatel, na qualidade do órgão responsável por regularizar os Serviços de Comunicação Multimídia (que englobam provedores e fornecedores de internet, como o Speedy), informou que só fiscaliza em casos “corretivos” as redes de banda larga no Brasil, como informou a sua assessoria de imprensa. “Desde o dia 18, a Agência verifica não só as causas e o alcance das conseqüências da paralisação, mas também a qualidade dos serviços prestados e a adequada confiabilidade das redes de telecomunicações - especialmente para que não haja descontinuidade dos serviços em situações críticas”, informa em nota oficial.

Fonte: http://www.ipnews.com.br

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