quinta-feira, 21 de maio de 2009

Batata Yakon

Batata Yakon, reduz, com eficácia, o nível de glicose em portadores de diabetes Comido ao natural, ele tem gosto de pêra. Com um litro de água e uma colher de sopa das folhas moídas, faz-se um chá. Desidratadas, as raízes oferecem um salgadinho crocante. Além do sabor agradável, o alimento possui propriedades antioxidantes e medicinais, sendo utilizado com sucesso na melhoria da flora intestinal, na redução do colesterol e no controle do diabetes. O responsável por todas essas qualidades especiais origina-se nos Andes e chama-se Yakon (Smallanthus sonchifolius). Primo do girassol e da chicória, é consumido desde os tempos pré-colombianos. Introduzido no DF em 2000, o alimento virou presença constante em supermercados e verdurões da cidade. A crescente procura tem uma explicação. Pela sabedoria popular, o Yakon reduz, com eficácia, o nível de glicose em portadores de diabete tipo dois, que surge com o passar da idade. Tanto que a planta recebeu o apelido de "batata dos diabéticos", mesmo sem ter parentesco direto com a batata. O mecanismo pelo qual ocorre o controle da glicose ainda não está claro. Uma das possíveis explicações é que o Yakon armazena reservas, não na forma de amido, mas de açúcares conhecidos como frutooligossacarídeos (FOS). De baixo teor calórico, mas sem perder o sabor doce, os FOS atuam como adoçantes naturais. Além disso, como todo alimento rico em fibras solúveis, o Yakon torna a absorção da glicose mais lenta. Há dois anos, o médico Gutenberg Tupinambá receita 100 g da raiz, duas vezes ao dia, imediatamente antes das refeições, a pacientes do Centro de Saúde 5, de Taguatinga. "Em 24 horas, a pessoa sente a diferença", garante o médico, sem deixar de ressaltar que o Yakon representa apenas um tratamento complementar. Segundo ele, as pessoas aceitam bem o alimento. "É diferente de propor um remédio", avalia. Outra vantagem do Yakon seria a redução do colesterol e da pressão arterial. O próprio Gutenberg constata tal resultado nos pacientes que consomem o alimento, porém em ritmo mais lento que o controle da glicose. Até agora, o único benefício cientificamente comprovado é em relação à melhoria da flora intestinal. Não digeridos pelo aparelho humano, os FOS só são fermentados no cólon (porção final do intestino grosso) por bactérias que combatem os microorganismos patogênicos. Para melhor elucidar as propriedades do Yakon, a Universidade Católica de Brasília (UCB) inicia, este ano, uma pesquisa multidisciplinar com a planta. Uma equipe estudará o mecanismo de controle do diabete em ratos, enquanto outra testará o alimento em idosos. A Embrapa Cenargen analisará a presença de polifenóis, antioxidantes naturais que retardam o envelhecimento. "A gente precisa saber se o Yakon efetivamente faz bem e em que dose", esclarece a professora Marileusa Chiarello, do Departamento de Nutrição da UCB e uma das idealizadoras do projeto. Outra finalidade da pesquisa é desenvolver novas receitas e formas de vender o alimento, que não pode ser cozido. "A fabricação de compotas e xaropes vai não só popularizar o alimento, como agregar valor à produção", destaca.

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Batata Yakon: uma opção saudável e gostosa para os consumidores Ana Elisa Feliconio, especialmente para o Sítio do Moinho A Batata Yakon (Polymnia sonchifolia) é um tubérculo originário dos Andes (da Venezuela ao norte da Argentina), utilizado na alimentação humana desde a civilização inca. O nome, no idioma inca, significa aguado ou suculento, já que 85% da sua composição é água. A batata é de cor alaranjada, com gosto adocicado e de consistência parecida com a pêra, ou seja, possui uma textura crocante e é doce e suculenta. Deixada ao sol, fica mais doce ainda e pode ser comido como uma fruta, ou consumida em sucos, xaropes, bolos, em conserva ou frito (Globo Rural, 2006). Ainda pouco conhecida pelos consumidores, a Yakon já é estuda por alguns centros de pesquisa e extensão rural brasileiros, como a Emater do Rio Grande do Sul e a Epagri de Santa Catarina. Neles a cultura se apresenta como uma boa opção para diferenciar a oferta de produtos comercializados pelos agricultores familiares, sobretudo para aqueles que optaram pela agricultura orgânica. Isto porque, o rendimento médio das plantas é de 10 quilos de tubérculos por hectare sem a utilização de adubos químicos ou agrotóxicos. Além disto, as folhas também são aproveitadas, sob a forma de chá para complementar o tratamento médico para a redução da glicemia e do colesterol (Ruralnet, 2003). A Batata Yakon é uma espécie adaptável quanto ao clima, altitude e tipo de solo. É altamente resistente ao frio em regiões temperadas e seca, pois seus tubérculos regenerarão nova planta a cada ano após o inverno. A propagação do Yakon pode se dar tanto por meio de sementes como pelos tubérculos, porém o material introduzido no Brasil não produz sementes viáveis. Sobre as técnicas de cultivo, sabe-se que a cultura da Yakon cresce adequadamente em áreas bem preparadas, com aração profunda, e sobre canteiros com 1 metro de largura e 0,40 metros de altura. O plantio é feito através de tubérculos pesando entre 60 a 80 gramas, com espaçamento de 1,4 m entre linhas e 0,90 m entre plantas, a uma profundidade de aproximadamente 15 cm. O solo é corrigido com calcário dolomítico (ou cinza) objetivando manter o pH por volta de 6.0. É recomendado adubação no plantio. A irrigação é feita por aspersão e pelo menos duas capinas manuais durante o ciclo da cultura. A colheita das folhas é realizada três vezes durante o ciclo. A colheita das raízes e tubérculos é feita aos 12 meses após o plantio, manualmente. Já se encontram em testes equipamentos utilizados na colheita da mandioca. Há relato de rendimento de até 120 t./ha de raízes tuberosas (Saúde na Rede, 2006). Vale ressaltar que o principal apelo da planta, em termos de benefícios para a saúde, é o fato de que o açúcar contido nela é a oligofrutose, que não é absorvida pelo corpo. Isso significa que a Yakon contém poucas calorias e seu açúcar não eleva os níveis de glicose no sangue, sendo, portanto, indicada para os diabéticos. Devido a essa propriedade, ela recebeu o apelido de "batata dos diabéticos" ou "batata diet". Embora não estejam concluídas as pesquisas que descrevem as propriedades terapêuticas desta variedade, alguns estudos já apontam alguns benefícios, como o auxílio da oligofrutose no desenvolvimento de uma bactéria benéfica da flora intestinal. Também contêm em sua composição os minerais básicos, carotenos e vitaminas A, B1, B2 e C (Terra Notícias, 2003). Ao contrario de outra batatas, como a inglesa e a doce, a Yakon, deve ser consumida crua, cortada em cubos ou fatiada, pois manterá sua textura crocante. O importante para os consumidores é saberem que a Yakon, por suas qualidades alimentícias a colocam na categoria dos alimentos funcionais ou nutracêuticos, que são aqueles capazes de reforçar as defesas do organismo ou fornecer substâncias importantes para a longevidade do corpo. São, portanto, alimentos promotores de saúde. Além disto, por serem produzidas, sobretudo em sistemas orgânicos de produção agropecuária, a Batata Yakon também se apresenta como uma fonte de carboidratos isenta de agrotóxicos e repleta de vitalidade, obtida graças à manutenção da microvida do solo e da conservação do ecossistema como um todo, dentro da propriedade. Por ser uma saudável e deliciosa opção tanto para quem planta quanto para quem a consome no prato, podemos afirmar sem medo que, em se tratando da variedade Yakon é bonito dizer: “vão plantar (e comer) batatas!”.

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A batata Yakon, de nome científico Polymnia sonchifolia, da família Asteraceae , também chamada batata "diet" ou polínia, é uma planta herbácea, perene, originária dos Andes, sendo cultivada na Colômbia, Equador e Peru em altitudes de 900 a 2.750m, mas alguns cultivos são feitos a mais de 3.400m. Por ser originária de grandes altitudes, a planta tolera baixas temperaturas e prefere solos aerados, soltos, areno-argilosos e com pH em torno de 6,0. O tubérculo tem sabor de pêra e melão, sendo bastante consumido no oriente na forma in natura e também na forma de chips. As folhas e as túberas são indicadas para o tratamento da diabetes e do colesterol. Fórmula estrutural da Inulina A batata Yakon está sendo considerada um alimento nutracêutico em decorrência dos estudos sobre a diminuição dos níveis de açúcar no sangue, após consumo repetido da mesma. Esta batata, diferentemente da maioria dos tubérculos que armazenam amido, acumula inulina, uma forma de oligofrutano com alto poder adoçante e baixo poder calórico. A inulina é um carbo-hidrato cuja cadeia é composta predominantemente por unidades de frutose (frutana), com uma unidade de glicose terminal, sendo a ligação entre as moléculas de frutose do tipo b(2->1), ou seja, uma molécula de sacarose associada a n moléculas de frutose ( n = 30-50 ). A inulina e a oligofrutose apresentam valores calóricos reduzidos (1Kcal/g e 1,5 Kcal/g). Não são digestíveis porque as ligações b(2->1) entre as unidades de frutose não podem ser hidrolisadas pelas enzimas digestíveis humanas; após serem ingeridas chegam quase que integralmente no cólon. Lá, são fermentadas pela microflora e transformadas em gases (10%), ácidos graxos voláteis (50%) ou encontram-se (40%) na biomassa bacteriana excretada. Assim, a inulina não aumenta nem a glicemia nem a taxa de insulina no sangue, sendo, consequentemente, indicada para os diabéticos. Hoje, a maioria dos países europeus consideram a inulina uma fibra alimentar. Essa fibra fibra solúvel é encontrada em muitas fontes na natureza e constitui a reserva energética de cerca de 36.000 vegetais (Alho, Banana, Cebola, Yakon , Chicória, Alcachofra, ...)

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Yakon - alimento ou remédio? É interessante observar as duas facetas desta planta: trata-se de um alimento, mas sua fama é maior mesmo como medicinal Até meados dos anos 80, o Yakon (Smallanthus sonchifolius) era uma planta praticamente desconhecida no Brasil. Parente distante do girassol, com aparência de batata-doce, textura e sabor semelhantes aos da pêra, começou a ganhar notoriedade quando foram descobertas peculiaridades em sua composição química que poderiam ser benéficas à saúde humana. Esta raiz apresenta elevado teor de água, poucas calorias e, ao contrário da maioria das espécies tuberosas que armazenam energia na forma de amido, o Yakon tem como principal carboidrato os frutooligossacarídeos (FOS), que têm se destacado em vários estudos por exercerem atividade bifidogênica, isto é, estimulam o crescimento das bifidobactérias no intestino que protegem contra o efeito de bactérias invasivas e patogênicas. O Yakon é uma raiz tuberosa originária dos Andes que atualmente já é considerada um alimento nutracêutico. Cultivada e consumida desde os tempos pré-incas, desenvolve-se desde a Colômbia e Venezuela, até o noroeste da Argentina, em altitudes que vão de 2 a 3 mil metros. Na língua Quéchua, seu nome origina-se de "yacu e unu" , que significam "água" e de "yakku" que significa "aguado ou aquoso". Em outro idioma andino - o Aymara - o Yakon é conhecido como "aricoma" ou "aricuma" - termos mais utilizados em certas áreas da Bolívia. No idioma Quéchua, esta raiz tuberosa é chamada de "llagon" ou "yacumpi". Na Colômbia, seu nome - "arboloco" revela a influência hispânica e no Equador seus nomes populares são bem parecidos entre si: "jicama" ou shicama". Outros nomes pelos quais o Yakon é conhecido: "Yakon strawberry" (EUA), "poire de terra" (França), "polimnia" (Itália), "leafcup" (Inglaterra). Aqui no Brasil a planta é conhecida como "batata Yakon" ou "batata diet". Alimentício ou medicinal? Folhas do Yakon Se for consumido ao natural, o Yakon tem sabor de pêra. Desidratado, rende um salgadinho "chips" bem crocante. Pode ser cozido e entrar no preparo das refeições como uma batata comum. Das folhas (uma colher de sopa para um litro de água) pode-se fazer um chá. Além do sabor agradável, atribui-se ao Yakon propriedades antioxidantes e medicinais, sendo utilizado na melhoria da flora intestinal, na redução do colesterol e no controle do diabetes. É mesmo interessante observar as duas facetas desta planta: trata-se de um alimento, mas sua fama é maior mesmo como medicinal. No folclore andino encontram-se referências de seu uso para combater problemas renais e hepáticos desde épocas muito antigas. Na Bolívia, o Yakon é usado para controlar diabetes e tratar problemas digestivos. Em algumas regiões do Peru, o Yakon é considerado anti-raquítico. No Japão, o chá das folhas do Yakon é usado para controlar a diabetes e reduzir o colesterol ruim. Ao contrário da maioria dos tubérculos e raízes que armazenam carboidratos na forma de amido, o Yakon armazena essencialmente frutooligossacarídeos do tipo inulina, ou seja, açúcares que não podem ser digeridos diretamente pelo organismo humano em razão da ausência de enzimas necessárias para o metabolismo destes elementos e são considerados compostos bioativos na alimentação humana. O Yakon apresenta boa quantidades de potássio e em menores quantidades cálcio, fósforo, magnésio, sódio, ferro, zinco e vitamina C. Outro composto encontrado é o triptofano, presente em quantidades médias. Além de nutracêutico, o Yakon é reconhecido como o alimento com maior conteúdo de frutooligossacarídeos na natureza. A atividade prebiótica dos frutooligossacarídeos presentes no Yakon tem sido associada a efeitos benéficos à saúde como alívio do intestino preso, aumento capacidade de absorção de minerais, fortalecimento do sistema imunológico e diminuição do desenvolvimento de câncer de cólon. Efeitos cientificamente comprovados quando os frutooligossacarídeos são consumidos em dosagens recomendadas. Verificou-se que o consumo do Yakon não eleva os níveis de açúcar no sangue, o que levou à sua fama como o "alimento ideal dos diabéticos" e até o nome popular "batata dos diabéticos". Além disso, suas folhas, na forma de chá, são indicadas para auxiliar a reduzir os teores de glicose no sangue e o colesterol. "É um alimento dietético e diabético", segundo o especialista em Yakon, Michael Hermann, líder do projeto raízes e tubérculos Andinos, em Lima (Peru). De acordo com Hermann, foi no Japão que as qualidades da oligofrutose do Yakon foram descobertas. "Os japoneses também descobriram que as folhas usadas no chá evitam picos que o diabético tem quando come alimentos açucarados ou com muito amido, que é quando o nível do seu açúcar no sangue aumenta violentamente". "Parece que o chá diminui os picos", disse ele. Testes com animais ainda estão sendo realizados para comprovar o efeito. Hermann disse, ainda, que as raízes Yakon não provaram ter o mesmo efeito paliativo que suas folhas. A planta como ela é..... Pertencente à família das Asteráceas, o Yakon apresenta raiz tuberosa, ou seja, uma raiz subterrânea muito espessa que acumula substâncias de reserva de energia para a planta. Outros exemplos de raízes tuberosas são a cenoura, o rabanete, a mandioca, a batata-doce, a beterraba e o nabo. O Yakon ou polínia é muito confundido com a batata-doce (Ipomoea batatas), mas há um detalhe entre eles que faz toda a diferença: a batata-doce armazena amido como principal carboidrato, o que não ocorre com o Yakon. A planta, muito rústica e bem resistente à seca, mede de 1 a 2,5 metros de altura. É muito adaptável quanto ao clima, à altitude e aos tipos de solo, podendo ser cultivada com sucesso mesmo em países de clima quente como o Brasil. Entre 6 e 10 meses após o plantio, a planta alcança sua maturidade fisiológica. É quando as flores começam a desabrochar. A seguir vem a fase de senescência de toda a parte aérea. Entre 10 a 12 meses após o plantio, quando a parte aérea está totalmente seca, é realizada a colheita das raízes tuberosas para consumo e as partes que serão utilizadas como material de propagação para o próximo plantio. O Yakon possui em suas folhas dois sistemas de defesa: uma trama de pêlos que dificulta o acesso dos insetos e uma alta densidade de glândulas. A associação destes dois mecanismos faz com que as folhas de Yakon sofram menos ataques de insetos, permitindo seu cultivo sem a utilização de agrotóxicos. Curiosidades sobre o Yakon: * Sua raiz tuberosa possui sabor semelhante ao de frutas como o melão e a pêra, com polpa levemente amarelada, crocante e aquosa. Quando colhidas, as raízes tendem a apresentar sabor amiláceo, para corrigir o sabor, elas são expostas à luz solar por muitos dias após a colheita, a fim de intensificar seu gosto doce. Esta técnica é conhecida como "soleado". * As raízes são consumidas geralmente cruas e descascadas, uma vez que a casca possui sabor resinoso. Outras formas de consumo são a fritura, o cozimento a vapor ou em água. * Nos mercados locais andinos, o Yakon é classificado como fruta e é exposto à venda juntamente com as maçãs, os abacates e os abacaxis, ao invés de serem colocados com as batatas e outras culturas de tubérculos e raízes. * No Japão, as raízes tuberosas são transformadas em produtos de panificação, bebidas fermentadas, pó ou polpa liofilizada e até picles.

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